domingo, 27 de março de 2016

De coração e mente aberta

       Escrever é um exercício que exige leitura e estudos. É também uma tarefa que requer coragem para expressar nossas próprias ideias. Reescrever é mais complicado, porque exige autocrítica e reflexão sobre uma ideia que depois de concluída, precisa ser reconstruída. É preciso ter humildade para reescrever. Comentar a escrita de outros autores é algo ainda mais difícil. Se pensarmos que o que está escrito parte da visão, da lógica e do pensamento de quem assim escreveu, parece ser inviável que outro julgue aquilo que é estritamente pessoal: O modo de ver e pensar sobre as coisas. Então... Como escrever sobre pensamentos e formas de entender das colegas sobre nossos aprendizados e práticas diárias? Como sugerir sem criticar o que o outro escreveu?
       Este é mais um exercício de aprendizagem que teremos de aprender no PEAD: Exercitar não apenas nossa escrita e aprendizagem, mas exercitar nosso olhar e nossa fala sobre a escrita e a forma de ver do outro. Exercitar o "compreender" a fala do outro e quando for possível auxiliar sem ser invasivo. Ler, reler, escrever, reescrever, ver, rever, pensar, repensar, aprender, reaprender... Não é fácil. E quem disse que seria? Mas não é para isso que estamos aqui? Para compartilhar nossas aprendizagens e atingir nossos objetivos? Vamos aprender, sem medo de errar e de reaprender com nossos erros. Como as crianças fazem quando aprendem uma nova brincadeira, um novo jogo, uma nova regra... De coração e mente aberta.


Para Weston (2009), argumentar é "[...] apresentar um conjunto de razões ou provas que fundamentam uma conclusão." Para o autor, podem existir argumentos frágeis e alguns outros mais consistentes. Nesse sentido construir argumentos é um meio de investigação, de explicar e defender uma ideia. Por isso perguntamos: sobre que conteúdo(s) você quer postar? Como pretende argumentá-lo? A construção da ideia, do conteúdo a ser argumentado é antes de tudo perguntar:  O que você quer provar? Qual é a sua conclusão?


segunda-feira, 21 de março de 2016

Postagens Comentadas

Um dos objetivos do Seminário Integrador Eixo III é o fortalecimento dos portfólios, qualificando a escrita em relação a autoria, as evidências, as referências e aos argumentos do texto. É o momento de refletirmos sobre o sentido do nosso portfólio. Para que o portfólio atinja seus objetivos é preciso qualificar nossas postagens, tornando nossas reflexões cada vez mais embasadas em nossas aprendizagens no PEAD e em nossas práticas como educadoras. Mas o que faz uma postagem ser qualificada ou não qualificada? Para que nossa escrita se torne qualificada é necessário que ela siga alguns critérios e consiga:

1. Distinguir premissas e conclusões;
2. Apresentar as ideias em ordem;
3. Partir de premissas confiáveis;
4. Usar uma linguagem clara e objetiva;
5. Evitar uma linguagem apelativa;
6. Usar termos consistentes.

Postagem Qualificada


Escolhi esta postagem como qualificada, porque considero este texto uma reflexão não apenas ampla, mas profunda e instigante sobre o tema sexualidade. Apesar do assunto estar diretamente ligado com a interdisciplina de Desenvolvimento e Aprendizagem Sob o Enfoque da Psicologia é algo que diz respeito à todas as interdisciplinas e se relaciona com nossa prática diária de forma constante. É um texto reflexivo e autoral e está apoiado nas ideias de Freud sobre a sexualidade. Eu uso o pensamento freudiano para reafirmar o que digo e ao mesmo tempo como ponto de partida para qualificar minha escrita. Penso que minha reflexão está articulada com as ideias do Pai da Psicanálise. As ideias são apresentadas de forma clara e fazem sentido baseadas em premissas confiáveis e uso termos consistentes para fazer minha argumentação. A linguagem utilizada nada tem de apelativa e para chegar a conclusão final do texto eu utilizo evidências e argumentos convidam o leitor a sua própria reflexão sobre  o tema.

  Postagem não qualificada


Esta foi uma postagem que poderia ter sido mais aprofundada. Eu poderia ter falado mais sobre o Manifesto dos Educadores do Século XX, sobre como ele surgiu, seus autores e suas intenções. Faltaram referências, argumentos e citações dos criadores do manifesto original. Eu poderia ter incluído links interessantes na postagem, além de referências bibliográficas sobre o assunto. Penso também que eu poderia ter falado de minhas experiências profissionais transformadoras ou não, trazendo minha prática para o tema e vice versa. De como os objetivos do manifesto podem ser trabalhados de forma prática. Eu poderia ter usado exemplos de escolas alternativas como a Escola da Ponte, em Portugal e A Escola dos Cinquenta, em Paraty, no RJ.


 Postagem Reescrita

Manifesto dos Educadores do Século XXI


                              



O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova foi lançado na década de 30 com o objetivo de defender o direto da escola pública, como uma escola de qualidade, mais justa e igualitária para todos, sem privilégio de classes sociais.

                      https://www.youtube.com/watch?v=f6LTmh7Vn04
                               https://www.youtube.com/watch?v=Ybp6pzgLyQ8

O Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova faria sentido hoje?


A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional diz que a educação é dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais da solidariedade humana, tem por finalidade o plano de desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício de cidadania e sua qualificação para o trabalho. Depois de dezenove anos de criação da lei que deveria assegurar a educação como um direito de todos, por todos e para todos, a educação no Brasil sofre com o desperdício de recursos e com a ineficácia do sistema que perpetua e desigualdade e a exclusão.              
Convocamos todos os setores da sociedade, o poder público, as universidades, as escolas, os educadores, pais e alunos para concretizar uma transformação efetiva no sistema educacional no Brasil. Precisamos de todos e estamos todos juntos nessa luta para transformar a educação brasileira e por um sistema educacional justo que tire do papel a Lei  de Diretrizes e Bases da Educação. Acreditamos no poder transformador da escola e da comunidade escolar. Precisamos transformar a escola, para transformar a educação. Uma escola diferente é possível. 
Foi pensando assim, que nosso grupo das quatro, composto pela Angela Nunes, a Mara Barcellos,a Francyelle Fava e por mim,elaborou o Manifesto dos Educadores do Século XXI. Pensando numa escola cidadã, na pluralidade das infâncias, na formação continuada para os professores, no currículo subjetivo, numa escola baseada na afetividade e na participação de todos.                      

  •  Escola cidadã

A comunidade escolar deixa de ser passiva e passa a ser ouvida como um todo. Pais, professores e alunos participam dessa construção.

  • Pluralidade de infâncias

A escola precisa compreender o significado de pluralidades que inclui culturas e vivências diferentes que não podem ser ignoradas. Educar não significa anular.

  • Formação dos professores

A formação dos professores precisa ser continuada de forma que a prática possa ser a concretização da teoria.
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  • Mudança universitária na formação dos professores

È necessária e urgente uma coerência entre o que se aprende universidade e o que se pratica.

  •  Currículo Subjetivo

O aluno como sujeito ativo na educação. O que o aluno precisa, o que o aluno quer aprender e o que é necessário para o aluno aprender tem que estar no currículo. Escola quer dizer comunidade. Não existindo uma única comunidade, não pode haver um currículo único.

  • Período Integral      

Contraturno não significa mudança e transformação. Período integral com uma educação integral de fato, quer dizer autonomia da escola, com a participação do aluno em todos os aspectos. Não basta manter o aluno na escola oferecendo oficinas diferenciadas que são importantes, mas por si só, não são o bastante, não se encaixam na realidade e servem como aprisionamento da criança. Lutamos por uma escola que não mascare suas mazelas.

  • Afetividade na escola

Não existe escola sem afetividade. A escola está transformando a vida do aluno de alguma forma? Está mudando a sua relação de vida, saúde, aprendizagem, ampliando suas perspectivas e seu modo de ver e participar das coisas do mundo e da sua comunidade? A escola é viva. Precisa ir além de seus muros físicos. Vamos não apenas abrir os muros da escola para a comunidade, mas deixar entrar na escola essa comunidade. Afetividade é ter perto. Precisamos conhecer a criança para entendê-la e entendendo a criança poderemos educá-la. A educação não está lá. A educação está aqui. A educação é o agora.


Experiências escolares alternativas 

http://www.projetoancora.org.br/index.php?lang=port

http://extra.globo.com/noticias/educacao/educacao-360/conheca-escola-em-paraty-que-nao-tem-uniforme-provas-nem-divisao-de-disciplinas-17405353.html

http://educacaointegral.org.br/experiencias-internacionais/escola-da-ponte-radicaliza-ideia-de-autonomia-dos-estudantes/

https://www.youtube.com/watch?v=MtGyHzIafLc


Referências:http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo2/historia-infancias/manifesto/
Nunes, (Des)encantos da modernidade pedagógica. In:500 anos de educação no Brasil. 2. ed. Belo Horizonte. Autentica, 2000.
Varela, Julia;Alvarez - Úria, Fernando. A maquinaria escolar. Teoria e educação. Porto Alegre,1992.


        

domingo, 20 de março de 2016

O Retorno das Jedis

                                                                                    

Nossa acolhida não poderia ter sido melhor nessa retomada de estudos. A ideia do Pic Nic tornou "O Retorno das Jedis” extremamente acolhedor. É o tipo de coisa que faz a gente se sentir querida e querer bem. Valeu Kaká e Aline, que organizaram um evento tão rápido e de forma tão sensível. Gracias a todo mundo que trouxe comidinhas e bebidinhas gostosas. Que surpresa ser sorteada pela querida Mara Barcellos a ainda ganhar dela um abraço emocionado, um cartãozinho delicado e um caderninho para anotar tudo que me é importante. Reencontrar a Fran e a Angela (adoráveis Malfaditas). E como a vida é feita de chegadas e partidas, temos que aprender a lidar com elas. Com o tempo, a gente aprende que ninguém cruza nosso caminho por acaso e que todas as pessoas estão em nossa vida pelo tempo exato que precisam estar. Um agradecimento aos nossos  Mestres Jedis  que fazem tudo para que a gente não se deixe levar pelo lado negro da força e generosamente nos repassam seus conhecimentos. Fiquei feliz por saber que nossas tutoras continuam com a gente, mesmo que às vezes, a gente dê motivos para que elas prefiram  fugir para uma galáxia distante. Queridas colegas do PEAD, que nosso retorno seja tudo que esperamos dele e que possamos aproveitar ao máximo nossa convivência e aprendizagens. Que a gente possa compartilhar o conhecimento. Que não faltem argumentos e evidências em nossa jornada.

                              "Que a força esteja com vocês."