Reescrever uma narrativa foi um desafio e um exercício de criatividade proposto na Interdisciplina de Literatura Infanto Juvenil e Aprendizagem. Contar uma história, recontando e criando situações, foi um estímulo para minha imaginação e também para minha escrita. Meu objetivo foi tornar ainda mais interessante a narrativa já conhecida das crianças. Para isso, introduzi novos elementos como a música e um final inesperado.
Escrevi minha narrativa, inspirada no livro “Bruxa
Bruxa Venha à Minha Festa”, de Arden
Druce. O livro tem desenhos maravilhosos e seus personagens são seres
fantásticos que povoam o imaginário infantil. A Bruxa é um desses seres que
fazem parte da imaginação das crianças. Elas têm medo da Bruxa, mas ao mesmo
tempo, querem sempre histórias que tenham a personagem mais temida e mais
pedida de todos os tempos. O narrador é onisciente não faz parte da história.
Minha narrativa acontece no tempo atual, porque Bruxas são eternas. Eu fiz uma
costura com a história do livro e com a forma como eu costumo contá-la para as
crianças. É a história de uma Bruxa temida pelas crianças que na verdade só
quer ser querida e amada por elas. Mas como isso seria possível? Se quiser
saber... Preste atenção na história...
Bruxa Bruxa Venha à
Minha Festa
(Porque todo mundo merece bolo de
chocolate e carinho)
Era uma vez... Há muitos e muitos anos
atrás... Não. Era não: É. Porque Bruxa
vive para sempre como vocês sabem. Uma bruxa má... Muito má. Tão má que para
ela fizeram até uma música:
Anda
de vassoura
E
tem um narigão
É
má e feiosa
E
mexe um caldeirão
Com
patas de aranha
Pitadas
de formiga
E
dentes de piranha
É
a bruxa (Há)
Tão
malvada (Há)
E
quer pegar a gurizada
Mas
a bruxa
Tem
um segredo (Psiiiiiiiiu)
Quando
gritam com ela
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
Ela
morre de medo
E assim vivia a Bruxa: De meter medo nas crianças.
Foi assim, até o dia em que ela recebeu um convite inesperado. Na caixinha de
correio encontrou um convite para uma festa. Um convite com o nome dela. Era a
primeira vez em sua longa existência que isto acontecia. Sim. Endereçado à
Bruxa e Bruxa era ela mesma, sem nenhuma dúvida.
Parecia que a tal festa iria bombar ou como se
dizia antigamente tinha tudo para ser muito animada, um sucesso !!!!!!! Foi aí
que a Bruxa tão malvada começou a ter uma sensação estranha. Pegou sua capa e
seu chapéu de Bruxa mais bonito, se encheu de coragem (porque no fundo ela
morria de medo das crianças não gostarem dela) e decidiu ir à tal festa de
aniversário. E pela primeira vez em sua
tão, tão, tão, tão longa existência, a Bruxa sentiu-se querida. Estava tão,
tão, tão, tão feliz, que decidira nunca mais assustar a gurizada. Queria ser
amiga das crianças. Não só ela, mas também o gato, o espantalho, a coruja, a
árvore, o duende, o dragão, o pirata, o tubarão, a cobra, o unicórnio, o fantasma,
o babuíno, o lobo, a chapeuzinho vermelho e todas as crianças. Porque no fundo
e no raso, o que todo mundo quer mesmo é ser amado, ter amigos e poder comer
bolo de aniversário. De preferência, de chocolate e feito pela vovozinha. Mas
esta é outra história...
E foi assim que a Bruxa Má deixou de ser Má
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