terça-feira, 5 de julho de 2016

Reescrevendo a história

Reescrever uma narrativa foi um desafio e um exercício de criatividade proposto na Interdisciplina de Literatura Infanto Juvenil e Aprendizagem. Contar uma história, recontando e criando situações, foi um estímulo para minha imaginação e também para minha escrita. Meu objetivo foi tornar ainda mais interessante a narrativa já conhecida das crianças. Para isso, introduzi novos elementos como a música e um final inesperado.

Escrevi minha narrativa, inspirada no livro “Bruxa Bruxa Venha à Minha Festa”, de Arden Druce. O livro tem desenhos maravilhosos e seus personagens são seres fantásticos que povoam o imaginário infantil. A Bruxa é um desses seres que fazem parte da imaginação das crianças. Elas têm medo da Bruxa, mas ao mesmo tempo, querem sempre histórias que tenham a personagem mais temida e mais pedida de todos os tempos. O narrador é onisciente não faz parte da história. Minha narrativa acontece no tempo atual, porque Bruxas são eternas. Eu fiz uma costura com a história do livro e com a forma como eu costumo contá-la para as crianças. É a história de uma Bruxa temida pelas crianças que na verdade só quer ser querida e amada por elas. Mas como isso seria possível? Se quiser saber... Preste atenção na história...

                                  


                               Bruxa Bruxa Venha à Minha Festa
          (Porque todo mundo merece bolo de chocolate e carinho)

Era uma vez... Há muitos e muitos anos atrás...  Não. Era não: É. Porque Bruxa vive para sempre como vocês sabem. Uma bruxa má... Muito má. Tão má que para ela fizeram até uma música:

                                       Anda de vassoura
                                       E tem um narigão
                                       É má e feiosa
                                       E mexe um caldeirão       
                                       Com patas de aranha
                                       Pitadas de formiga
                                       E dentes de piranha
                                       É a bruxa (Há)
                                       Tão malvada (Há)
                                       E quer pegar a gurizada
                                       Mas a bruxa 
                                       Tem um segredo (Psiiiiiiiiu)
                                       Quando gritam com ela
                                       Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
                                       Ela morre de medo

E assim vivia a Bruxa: De meter medo nas crianças. Foi assim, até o dia em que ela recebeu um convite inesperado. Na caixinha de correio encontrou um convite para uma festa. Um convite com o nome dela. Era a primeira vez em sua longa existência que isto acontecia. Sim. Endereçado à Bruxa e Bruxa era ela mesma, sem nenhuma dúvida.


Parecia que a tal festa iria bombar ou como se dizia antigamente tinha tudo para ser muito animada, um sucesso !!!!!!! Foi aí que a Bruxa tão malvada começou a ter uma sensação estranha. Pegou sua capa e seu chapéu de Bruxa mais bonito, se encheu de coragem (porque no fundo ela morria de medo das crianças não gostarem dela) e decidiu ir à tal festa de aniversário.  E pela primeira vez em sua tão, tão, tão, tão longa existência, a Bruxa sentiu-se querida. Estava tão, tão, tão, tão feliz, que decidira nunca mais assustar a gurizada. Queria ser amiga das crianças. Não só ela, mas também o gato, o espantalho, a coruja, a árvore, o duende, o dragão, o pirata, o tubarão, a cobra, o unicórnio, o fantasma, o babuíno, o lobo, a chapeuzinho vermelho e todas as crianças. Porque no fundo e no raso, o que todo mundo quer mesmo é ser amado, ter amigos e poder comer bolo de aniversário. De preferência, de chocolate e feito pela vovozinha. Mas esta é outra história...    

                                          
                        E foi assim que a Bruxa Má deixou de ser Má



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