domingo, 6 de maio de 2018

Era uma vez outra história



Desenvolvendo a linguagem com conceitos de Jean Piaget e Lev Vigotsky

Atividade: Era uma vez outra história

Objetivo: Ampliar a capacidade de raciocínio, desenvolver a criatividade, aumentar o vocabulário e estimular o hábito da leitura.

Justificativa: As crianças adoram os contos de fadas. Contos de Fadas são narrativas reveladas aos poucos e neste processo de construção e contação de história, vão fazendo sentido, tendo uma explicação e um porquê desta história, de determinado personagem, conflito, desfecho.  Neste quebra cabeça, o leitor encontra sempre uma resposta. Segundo Ana Maria Machado: “É para isso que o homem conta histórias — para tentar entender a vida, sua passagem pelo mundo, ver na existência alguma espécie de lógica”. 

Material: Aparelho de som e pen drive com a música Era uma vez gravada; Livros de contos de fadas (um para cada criança); Fantasias e acessórios do cantinho das fantasias da sala. 

Desenvolvimento:
1.Conversa na roda: Perguntar sobre os contos de fadas que fazem parte da música. ”Era uma vez”:
As crianças conhecem essas histórias? Como é a bruxa, a princesa, o príncipe, o sapo, o lobo?  Fazer questionamentos: A bruxa é má mesmo? Será? Foi a princesa quem beijou o sapo? 
2.Apresentação da música Era uma vez: As crianças escutam a música e depois cantamos a letra parte a parte, discutindo sobre a nova história:
As histórias podem ser diferentes? Os personagens podem mudar? A gente pode contara mesma história de outro jeito. 
3.Distribuir os livros de contos de fadas entre as crianças e pedir que cada uma dê um final diferente para a história. 
4.Convidar as crianças para escolher uma fantasia e criar um personagem diferente.

Avaliação do proposto: O principal retorno estará no interesse das crianças durante a atividade, em suas falas, perguntas, comentários e contribuições. Já realizei esta atividade em diversas turmas: Do maternal 2 (3 anos) ao Jardim B (6 anos). É sempre uma surpresa para as crianças ver seus personagens vestirem outra roupagem e assumir características diferentes. Como professora também sempre me surpreende a forma como elas são capazes de reinventar a história, os personagens e a construção do mundo.

Reflexão entre o proposto e os conceitos de Piaget e Vigotsky:
Enquanto Piaget privilegia os estágios de desenvolvimento para capacitar a linguagem, Vygotsky nos diz que pensamento e linguagem estão relacionados desde o nascimento. Para Vygotsky, a linguagem é um processo tanto pessoal quanto social, sendo resultado da interação do sujeito com o ambiente e o convívio, onde o significado é a chave deste processo. Pensamento e linguagem estão relacionados desde o nascimento. 
Piaget privilegia a maturação biológica. Vigotsky considera o ambiente social, o fator mais importante na construção do conhecimento. Se para Piaget o desenvolvimento cognitivo é fundamental no processo da aprendizagem e de acordo com Vigotsky, as interações com o outro são a base para que o indivíduo consiga aprender, isso nos provoca a refletir sobre o papel do professor como mediador da aprendizagem. Por isso, planejar e interagir com intencionalidade, adequando o proposto à faixa etária e aos interesses das crianças, criando um ambiente atraente que estimule e convide a aprendizagem com o objeto e com o outro, reconhecendo que cada aluno é único é fundamental:

 “O aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e põe em movimento vários processos de desenvolvimento que, de outra forma seriam impossíveis de acontecer.” (VIGOTSKY)

REFERÊNCIAS:

VIGOTSKY, Lev. A Formação Social da Mente: O Desenvolvimento dos Processos Psicológicos Superiores. Editora Martins Fontes.

Música Era uma vez. Autor: Décio Marques
Em: https://www.youtube.com/watch?v=DNjSkgyfPQs


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