A inclusão tem como base a
certeza de que as diferenças caracterizam o ser humano e de que é impossível
que existam seres humanos iguais. Entender o que é inclusão é aceitar que somos
todos diferentes. Sendo assim, se cada aluno é único, singular e traz com ele
uma história de vida, a inclusão não pode ser entendida como um processo de
igualizar à todos, mas de respeito às diferenças. Parece maravilhoso e a ideia
da inclusão é realmente incrível. No entanto, para que a inclusão signifique
verdadeiramente estar com e interagir com o outro, é necessário que ela seja real
e mais que um decreto de lei.
É preciso quebrar paradigmas, entender
que a inclusão é um processo complexo e dinâmico, que requer mudanças nas práticas
escolares, que precisa de apoio e recursos humanos e financeiros, a inclusão
deve ser um projeto de toda a escola. É importante que tenhamos em mente que
inclusão escolar não significa jogar jogar para dentro, mascarando preconceitos
e deficiências de ensino com uma prática inclusiva de faz de conta, mas se
formos esperar que todas as condições para a inclusão sejam ideais a inclusão nunca
se tornará verdadeiramente real. A inclusão não vai ser, ela já é. Precisamos aprender
com ela e construir juntos o que é e como deve ser a inclusão. No artigo A
Inclusão Promove Justiça, da revista Nova Escola, a educadora Maria Teresa
Égler Mantoan fala sobre o assunto: “Estar junto é se aglomerar com pessoas que
não conhecemos. Inclusão é estar com, é interagir com o outro.”
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