domingo, 21 de outubro de 2018

A Corporeidade expressa pela Modernidade

                             
               

O material proposto pela Interdisciplina de Corporeidade - Epistemologias e Vivências do Aprender no Fórum Corporeidade na Sociedade Moderna e Pós Moderna é muito rico e requer tempo para leitura que não seja superficial e poder de fato, ser compreendida e interpretada e, de fato, contribuir para nossa formação. Gostei imensamente da combinação de informação que me fez pensar no sentido que estamos dando para a educação a que nos propomos e dentro da qual enfrentamos tantos desafios para compreender os sentidos humanos envolvidos nesse processo.

O vídeo da BBC: O Corpo Humano – O Poder do Cérebro não nos deixa dúvida: É o cérebro que faz de nós o que somos. É ele o responsável por nossos pensamentos e ações. É o comandante dos nossos sentidos.

O texto As formas de percepção e as mudanças culturais, de José Eugênio de Oliveira Menezes, utiliza a teoria de McLuhan “o meio é a mensagem” e a mensagem é a mudança de padrão que esse meio introduz na vida das pessoas. Cada produto que molda uma sociedade acaba por transpirar em todos e por todos os sentidos.  Se o meio é a mensagem e estamos todos e em tudo, impregnados desse meio, porque não usar as novas tecnologias a favor da educação ao invés de evitar o novo ou de lutar contra ele?  Nesse sentido, é necessário reprogramar, tal qual fazemos com os computadores: professores, escolas e gestores.

É sobre isso que nos fala o texto “A metamorfose do aprender na sociedade de informação, de Hugo Assmann, sobre a necessidade da sociedade de informação se tornar uma sociedade aprendente. O papel das novas tecnologias não é o de brigar com o cognitivo, mas ampliar e somar cognitivamente, facilitando experiências de aprendizagens complexas e cooperativas, ajudando a intensificar o pensamento complexo, interativo e transversal, criando novas formas de expandir, multiplicar e ampliar nossa aprendizagem e nossos sentidos.

O ensaio Acadêmico “Emergência da Neuroeducação: a hora e a vez da neurociência para agregar valor à pesquisa educacional”, aponta para a necessidade do uso da Neurociência para identificar melhores formas de ensinar e potencializar melhores resultados, ou seja, os educadores precisam levar em conta o conhecimento construído pela Neurociência para também serem capazes de construir conhecimento.

A Neuroeducação integra três áreas: Psicologia, Educação e Neurociência, ou seja, não basta ensinar, é preciso compreender como o aluno pensa, sente e se motiva. É esse todo que indica o caminho ao professor. A Neuroeducação é isso: uma educação que engloba todos os sentidos. Conforme apontam recentes estudos neuroeducativos realizados por Tokuhama - Espinosa (2010), é possível perceber que “ a aprendizagem recruta a fisiologia completa (o corpo impacta o cérebro e o cérebro controla o corpo). O que nos acorda para o fato de que cérebro e corpo não se separam enquanto aprendemos.

Na EMEI Tio Barnabé estamos sempre confrontando e nos confrontando sobre o uso das tecnologias na escola, quer seja sobre o fato de não disponibilizarmos de recursos, quer seja sobre o fato de não sabermos como utilizar novos recursos e o pouco ou nenhum uso dos recursos que temos disponíveis na escola. Estamos limitados ou estamos limitando aprendizagem?

Abaixo apenas o registro do que a simples oferta do uso livre da máquina fotográfica pôde extrair do olhar e da sensibilidade das crianças. É raro em nossas escolas possibilitar que a criança registre seu fazer. A pintura e a fotografia como expressão corpo e mente. Está aí um exemplo de como os recursos dos quais dispomos ou podemos dispor, podem servir de mediação para construção do conhecimento e ao mesmo tempo, reencantar a educação. Não há como medir a ampliação dos sentidos.

                      
                               

                                    
               
                                           
                                     

      

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