domingo, 16 de julho de 2017

O desafio da reflexão constante

Neste semestre, fomos desafiados em todas as interdisciplinas a refletir mais profundamente sobre nossas aprendizagens e sobre nosso pensar e fazer pedagógicos. Elaboramos definições de conceitos que costuraram nossas reflexões e na elaboração desses conceitos, que permearam todas as interdisciplinas, nos conteúdos e nas atividades propostas, descobrimos um elo mais sólido entre a teoria e a prática, entre aquilo que aprendemos no PEAD e o que fazemos e queremos fazer em sala de aula e na escola.

Na interdisciplina de Seminário Integrador, o exercício da reflexão constante sobre do ser professor reflexivo nos levou a aprofundar nossa escrita no blog através do olhar sobre a escrita do outro e com o olhar do outro sobre a nossa escrita.

Na interdisciplina de Psicologia da Vida Adulta, elaboramos reflexões importantes sobre a vida adulta através de diferentes abordagens sobre o ser adulto com todas as dificuldades e possibilidades.

Na interdisciplina de Pedagógico em Ação traçamos conceitos sobre as diferentes formas de projetar e compartilhando os Projetos de Aprendizagem que realizamos em nossas escolas, aprendemos a cada meta, a conceituar, estruturar, elaborar, planejar e analisar projetos, aprendendo tanto com nossos acertos, quanto com nossos erros.

Na interdisciplina de Organização do Ensino Fundamental a democracia na escola foi tema constante de aprendizagens. Aprendemos que escola não é produto, escola é construção, só pode ser construída com participação e o fazer coletivo; Discutimos sobre a LDBEN e os perigos do retrocesso na educação.

Na interdisciplina de Organização e Gestão da Educação fomos provocados a uma profunda reflexão e inquietação sobre o que vem a ser de fato uma Gestão Democrática com a definição de conceitos que foram ganhando a dimensão não apenas daquilo que é, mas daquilo que pode e deve ser.

domingo, 9 de julho de 2017

A avaliação como processo


O processo avaliativo é escuta, percepção e construção. Nós não avaliamos a criança para medir numericamente o que ela aprendeu ou sabe, limitando sua aprendizagem em uma medição restrita, tão pouco avaliamos a criança para comparar seu saber ao de outra criança, definindo assim, o saber ideal para a criança. A avaliação na educação infantil é uma reflexão profunda, um modo de escuta. É a percepção do aluno e sobre o aluno que nos faz perceber nós mesmos e nossa prática. A avaliação do aluno contém a auto avaliação do professor. O planejamento já é uma avaliação.  A avaliação traz em si o que é e o que pode ser para o professor, para o aluno e para a escola.
Para o professor: É subsídio para reflexão da prática, autoavaliação, revisão de processo e porta para novos instrumentos de planejamento e percurso. 
Para o aluno: É instrumento de registro de aprendizagem, conquistas, dificuldades e possibilidades.
Para a escola:  É a possibilidade de definir prioridades e localizar aspectos nas ações educativas que demandam mudanças e de repensar o papel dos educadores e a função da escola.
A fala da professora Jussara Hoffman no vídeo Educação Infantil, traduz a essência do processo avaliativo na Educação Infantil: " A avaliação é  um ato constante." 

Referências:
https://www.youtube.com/watch?v=A74gphe1nT4&t=19s

domingo, 2 de julho de 2017

A escrita como fruto de exercício

                             
                                          
A proposta da interdisciplina de Seminário Integrador de analisarmos nossas postagens do blog em dupla pegou a todos de surpresa e causou muita polêmica como de costume em nossa turma. Sempre considerei a escrita e a interpretação de texto ações subjetivas antes de mais nada e tendo este olhar sobre a atividade como uma proposta invasiva e crítica de algo que não nos pertence e sobre o qual não temos propriedade suficiente para qualificar, no início, não entendi a proposta e o objetivo da atividade, não via sentido algum em uma atividade que para mim tinha uma conotação mecânica do copiar e colar e estava baseada mais em quantificação do que em uma qualificação mais profunda. Para dificultar ainda mais a realização da atividade, considerei as definições das qualificações muito restritas o que limitava minha compreensão e interpretação das postagens. Só depois da primeira análise de consenso, fui capaz de compreender o porquê do exercício proposto, seu formato e sequencia de trabalho.
Destaco como pontos importantes a serem analisados deste exercício em dupla, a questão da subjetividade da escrita, da intenção das palavras e da leitura e interpretação desta escrita. Escrita esta, que pode divergir em pontos importantes: o que eu quero dizer, o que o outro entende, o que está de fato dito. Essas divergências podem revelar limitações de escrita e de interpretação, limitações do tempo de análise dos blogs, análises precipitadas ou mal elaboradas, conceitos e definições restritos de qualificação, conceitos que se complementam e se confundem.
Exercitar essa percepção e diferença entre o que eu quero dizer e sou capaz de dizer, entre o que está escrito e sou capaz de entender, foi ao mesmo tempo, cansativo e construtivo. Nesse sentido, foi fundamental a análise de consenso das postagens, porque bastou um segundo olhar em dupla, para que houvesse mudança de interpretação da qualificação. Basicamente, o exercício nos provocou uma reflexão sobre nossa escrita, nos possibilitou ver através da própria escrita e da escrita do outro, pudemos ver nossa escrita através do olhar do outro, nos mostrando novos ângulos e possibilidades de escrita, revelando nessa troca de olhares, o quanto evoluímos em nosso processo de escrita e o longo caminho que ainda temos que percorrer para melhorar e qualificar o que escrevemos e registramos no blog. A escrita reflexiva é fruto de exercício:

"O pensamento reflexivo é uma capacidade, como tal não desabrocha espontaneamente, mas pode se desenvolver-se. Para isso tem de ser cultivado e requer condições favoráveis para o seu desabrochar," (ALARCÃO, 1996, p. 9)

Referências:
ALARCÃO. Isabel. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. Ed. Cortez, 2003.