domingo, 25 de março de 2018

Uma Nova Escola



Na interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação fomos convidados por alienígenas para criar uma escola em outro planeta. A proposta do exercício nos fez refletir sobre as escolas que temos em nosso planeta e sobretudo em nosso país e no nosso próprio cotidiano escolar. Foi interessante perceber que ao idealizarmos uma nova escola para outro planeta, acabamos por materializar a escola que queremos em nosso próprio mundo e a diagnosticar o que não queremos mais. Olhando assim para nosso alicerce escolar alienígena parece utopia tornar real o sonho de uma escola onde: Os alunos não são robôs; O tempo é relativo e não senhor de escravos; Os tempos são mutantes e não inflexíveis; O currículo está sempre em movimento e não é imutável;  As disciplinas não brigam entre si, mas conversam; O aluno tem voz no planejamento; A avaliação não se baseia em notas e conceitos; Existe verdade democrática; Os espaços de aprendizagem não se limitam à sala de aula; São aceitos alunos todos os tipos de aluno; não existe discriminação; A Pedagogia é real e não lenda.
No entanto, o sonho de uma Nova Escola onde aprender sem torturar ao mestre a ao aprendiz e onde todos tenham a oportunidade de construir conhecimento é mais real do que nosso duro cotidiano escolar nos deixa perceber. A Escola da Ponte em Portugal e a Escola Aberta de Paraty, no Rio de Janeiro, são apenas dois exemplos de que  uma nova educação é possível. A educação não pode ser confundida com enquadramento, com padronização, com produção em série. A escola precisa se desatrelar da burocracia a que vem se sujeitando ao longo dos tempos. Precisa repensar a sua função que é a educar. O educador também precisa encontrar novos caminhos. Educar é provocar, despertar, estimular, fazer pensar, aprender e ensinar. A educação tem que dar asas aos seus alunos sem que eles precisem entrar numa nave espacial... Ensinar não é subjulgar e medir intelecto e não pode significar entristecer a vida, o professor e o aluno. Está aí o nosso maior desafio: Acreditar que uma outra educação é possível e fazer o possível para que ela se torne realidade. Cabe a nós educadores a tarefa de acreditar.

Referências:


domingo, 18 de março de 2018

Aquisição da Linguagem



Na interdisciplina de Linguagem e Educação, teremos como desafio estudar as teorias de aquisição da linguagem oral e escrita e o desenvolvimento da linguagem no enfoque investigativo e pedagógico. São muitas as dúvidas em relação ao tema: A linguagem é inata ou aprendida? O que é língua? O que é fala? O que é linguagem? Qual o objetivo da linguagem? Pensamento e linguagem são a mesma coisa? Quem vem primeiro? A língua é fruto da cultura mais do que do pensamento? A comunicação é eminentemente humana e a linguagem? Como as crianças adquirem a linguagem? Como se relacionam a fala e a escrita? Todas as línguas são arbitrárias, convencionais e constitutivas do sujeito? O que é fundamental para o desenvolvimento da linguagem? O que é destrutivo para o desenvolvimento e a aquisição da linguagem? Para que serve a linguagem?
“… Expressar seus sentimentos, explicar suas reações e compreender a dos outros, conhecendo diferentes pontos de vista sobre um mesmo fatove incorporar valores sociais. Aprender também a dirigir e organizer seus pensamentos a controlar sua conduta, fazendo assim uma aprendizagem cada vez mais consciente.” (Álvaro Marchesi)

segunda-feira, 12 de março de 2018

Escolas Democráticas

                                                                       

Não pude estar presente na primeira aula presencial e sei que perdi uma aula importante, pois a primeira aula é sempre um ponto de partida. Andei meio sem leme pelo mar, mas conversando com as colegas e confesso, espiando os blogs de escritas que admiro, além de ler as instruções da interdisciplina de Seminário Integrador VII, estou assumindo o comando do meu barquinho. O estágio se aproxima e nada mais lógico que aprofundemos nossos estudos e práticas pedagógicas. Ainda não sei onde farei meu estágio e essa tem sido minha maior preocupação.
O curta “Escola Democrática”, exibido na aula presencial, nos convida a refletir sobre o que são verdadeiramente escolas democráticas. Democracia implica em participação coletiva, em diversidade e em possibilidades. Sabemos que a democracia no cotidiano escolar parece impossível por vezes, mas sabemos também, que a partir da forma como pensamos nossa escola e como a praticamos, uma nova escola é possível. Essa escola aberta ao novo inclui o saber do aluno na aprendizagem e repensa currículos, ambientes de aprendizagem, avaliações e planejamentos estáticos.
Na EMEI Tio Barnabé, onde trabalho, estamos discutindo nossos espaços através do nosso PPP. Aprendemos com o tempo que não adianta querer rever o PPP apenas em sua escrita e todo ao mesmo tempo. Decidimos então que reconstruiremos nosso PPP aos poucos e escolhemos os espaços para começar. Tem sido incrível ver a forma como pequenas mudanças no ambiente podem propor novos desafios para as crianças e para nós mesmos. Algumas propostas simples como criar ambientes com panelas, utensílios de cozinha, dinossauros, carros e bonecas, banheiras, elementos naturais e sonoros têm sido um convite ao brincar e aprender. Ouvir as crianças nesse processo ouvir as crianças foi fundamental. O que são brinquedos de pátio? Apenas sucatas, baldinhos e pazinhas? Do que as crianças querem brincar no pátio? Ouvir o aluno é requisito fundamental para a Escola Democrática.