Na
interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação fomos convidados por alienígenas
para criar uma escola em outro planeta. A
proposta do exercício nos fez refletir sobre as escolas que temos em nosso planeta
e sobretudo em nosso país e no nosso próprio cotidiano escolar. Foi
interessante perceber que ao idealizarmos uma nova escola para outro planeta,
acabamos por materializar a escola que queremos em nosso próprio mundo e a
diagnosticar o que não queremos mais. Olhando assim para nosso alicerce escolar
alienígena parece utopia tornar real o sonho de uma escola onde: Os alunos não
são robôs; O tempo é relativo e não senhor de escravos; Os tempos são mutantes
e não inflexíveis; O currículo está sempre em movimento e não é imutável; As disciplinas não brigam entre si, mas
conversam; O aluno tem voz no planejamento; A avaliação não se baseia em notas
e conceitos; Existe verdade democrática; Os espaços de aprendizagem não se
limitam à sala de aula; São aceitos alunos todos os tipos de aluno; não existe
discriminação; A Pedagogia é real e não lenda.
No entanto, o sonho de uma Nova Escola onde
aprender sem torturar ao mestre a ao aprendiz e onde todos tenham a
oportunidade de construir conhecimento é mais real do que nosso duro cotidiano
escolar nos deixa perceber. A Escola
da Ponte em Portugal e a Escola
Aberta de Paraty, no Rio de Janeiro, são apenas dois exemplos de que uma nova educação é possível. A educação não
pode ser confundida com enquadramento, com padronização, com produção em série.
A escola precisa se desatrelar da burocracia a que vem se sujeitando ao longo
dos tempos. Precisa repensar a sua função que é a educar. O educador também precisa
encontrar novos caminhos. Educar é provocar, despertar, estimular, fazer
pensar, aprender e ensinar. A educação tem que dar asas aos seus alunos sem que
eles precisem entrar numa nave espacial... Ensinar não é subjulgar e medir intelecto
e não pode significar entristecer a vida, o professor e o aluno. Está aí o
nosso maior desafio: Acreditar que uma outra educação é possível e fazer o
possível para que ela se torne realidade. Cabe a nós educadores a tarefa de
acreditar.
Referências: