A postagem “Contação de História”,
escrita em 30 de setembro de 2018, registra um momento muito especial vivenciado
por mim na EMEI Tio Barnabé, onde trabalho há cerca de 5 anos. Na semana da
criança, fui convidada para fazer uma contação de história em todas as turmas
da instituição: Berçários 1 e 2, Maternais 1 e 2 e Jardins A e B. Para
contemplar à todas as faixas etárias da Educação Infantil decidi escolher o
livro Bruxa Bruxa venha à minha festa, de Arden Druce. Para contar a história, escolhi
elementos concretos que surpreenderam as crianças. Sendo assim, o espanador de
pó virou o chifre do unicórnio, meu xale eram os braços do espantalho, duas
estrelas brilhantes eram os olhos da coruja...
Este ano, fui convidada pela
professora do Berçário 1, Michelle Monsú, que assistiu minha apresentação no
ano passado, a contar novamente a mesma história para uma nova turma de bebês
no “Sarau para Bebês”, organizado pela equipe do Berçário 1, para os bebês e
suas famílias. Aceitei o convite, não apenas porque adoro contar histórias, mas
porque achei inusitado um “Sarau para Bebês’. Desta vez, escolhi novos
elementos para representar os personagens, uma gravata para fazer a cobra, um
pedaço de tule branco para ser o fantasma, uma chaleira para o tubarão e uma
espada empunhada na cabeça para o unicórnio.
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Quando a gravata vira cobra
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Quando a gravata vira cobra
Foi um momento poético surpreendente
e inesquecível na escola. Alguns pais realmente se emocionaram, tamanho
envolvimento e dos pequenos com os elementos personagens que surgiam diante
deles. As crianças têm necessidade de tocar, sentir e experimentar sensações
durante a contação, mas os adultos também entraram dentro da história surpreendidos
pelos elementos criativos da contação.
A contação de histórias é uma
ferramenta indispensável para encantar e conquistar futuros leitores. É também
o primeiro passo para que a criança encontre na leitura um espaço para relações
de memórias e afetos, além das possibilidades criativas. Entre todas as ações
do cotidiano que vivencio na Educação infantil, a contação de histórias é para
mim a mais prazerosa. Um momento mágico, de encantamento que contagia adultos e
crianças:
Chegaram ao seu coração e à sua mente,
na medida exata do seu entendimento, de sua capacidade emocional, porque
continham esse elemento que a fascinava, despertava o seu interesse e
curiosidade, isto é, o encantamento, o fantástico, o maravilhoso, o faz de
conta. (ABRAMOVICH, 1997, p. 37).
REFERÊNCIAS:
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura
infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1997.
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