domingo, 22 de abril de 2018

Sem leitura não há escrita


                              
  
À medida que nos encaminhamos para o término do curso de Pedagogia, podemos perceber o quanto evoluímos em nossos estudos e aprendizagens na área de nosso interesse. No entanto, é preciso reconhecer que nossa escrita sempre pode melhorar e que nosso olhar sobre os textos propostos nas interdiciplinas, também pode sempre ser ampliado, modificado e aprofundado. Por isso, a importância da atividade que tanto nos surpreendeu na aula presencial de Seminário Integrador. 
Como sempre, a interdisciplina nos confronta ao nos tirar de uma zona de conforto proporcionada pela distância, pela privacidade e da relação entre o que é individual e coletivo de fato. Mais uma vez, o que pode nos irritar e duvidar no início, acaba por provar que exercitar a escrita é meta fundamental para quem quer, não apenas concluir o curso de Pedagogia, mas seguir em permanente crescimento pessoal e intelectual.
Usando apenas nossos resumos dos textos "Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos", de Fernando Becker, "Escolas Democráticas Utopia ou Realidade", de Rosanei Tosto, "O construtivismo e sua função educacional", de Lino de Macedo e "A Maquinaria Escolar", de Julia Varela e Fernando Alvarez, tivemos que interpretar as falas de sujeitos envolvidos em uma discussão com a direção de uma escola em dia de reunião. Essas falas contextualizavam posições pessoais sobre o modelo pedagógico e epistemológico ideal para cada professor e também para a direção da escola. 
Foi extremamente interessante perceber que, apesar dos resumos terem origem nos mesmos textos, as interpretações sobre o contexto e as falas dos personagens contextualizados seguiram em diferentes direções em nossas trocas de entendimento da leitura, o que nos leva a refletir sobre a necessidade de encontros que proporcionem mais a troca de ideias. Construir um texto sob a pressão do tempo, ao qual não estamos acostumados como alunos de um curso à distância fez surgir em todos, uma ansiedade inicial, mas mostrou também que estamos em um estágio em que não é mais possível uma leitura leviana sobre nosso material de estudo. Deixou claro que quem não aprofunda o olhar sobre o texto, não tem como interpretar e escrever sobre o que lê e mais do que tudo: A leitura é a base da escrita.

REFERÊNCIAS:
BECKER, Fernando. Modelos pedagógicos e epistemológicos. Educação e Realidade. Porto Alegre, p. 89-96, 01 jun. 1994. Semestral. 19(1).
MACEDO, Lino de. O Construtivismo e sua função educacional. Educação e Realidade. Porto Alegre, p. 25-31, 01 jun. 1993. 18(1).
TOSTO, Rosanei. Escolas democráticas Utopia ou Realidade. Revista Pandora. Brasil, ISSN 2175-3318. V. 4. 20011.
VARELA, Julia; ALVAREZ-URIA, Fernando. A Maquinaria Escolar. Teoria & Educação. São Paulo, N. 6, P.68-96, 1992.


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