A
interdisciplina de Questões Étnico Raciais na Educação: Sociologia e História reuniu
mais uma vez nosso grupo Mafalditas:
Angela Nunes, Franciely Fava, Kátia Del Fabro e Mara Barcellos para
exercitarmos nossa capacidade de trabalho coletivo e criativo. A atividade proposta é a criação de um roteiro para vídeo.
“São tudo histórias menino. A história que está sendo contada, cada
um a transforma em outra, na história que quiser. Escolha, entre todas elas,
aquela que seu coração mais gostar, e persiga-a até o fim do mundo.” (Caio
Fernando Abreu)
Escolha do assunto:
Depois
de um breve diálogo, optamos pela sugestão da Mara. Nossa escolha, foi
determinada não apenas pelo tema, mas pelo material que dispomos para o
roteiro: fotos e imagens na internet, história divulgada em site,
representantes conhecidos e pelas facilidades de acesso: Escola e Quilombo
próximos e em área central, onde todas podemos nos encontrar.
Resumo da História:
Antigamente,
o Bairro Cidade Baixa era considerado “terra de ninguém”, de bandidos, de
malfeitores e de escravos fugidos. Foi nessa terra de ninguém que nasceu o Quilombo
do Areal da Baronesa. As margens do Guaíba vinham até o colégio do Pão dos
Pobres, onde encontravam as areias da beira do rio. A Baronesa do Gravataí
(hoje nome da rua onde fica uma das entradas do Areal), era senhora dessas
terras e essa é a origem do nome. Nesse reduto temido pela sociedade da época,
nasceu uma comunidade de resistência e cultura negra que se mantêm até hoje. O
que manteve a união da comunidade não foi apenas o pedaço de terra, mas a
preservação da identidade quilombola e a resistência dos que moram ali. As
crianças dessa comunidade, estudam nas escolas que cercam o Areal da Baronesa e
são elas o nosso foco central do roteiro. Elas são o futuro do Areal e queremos
mostrar rapidamente, como elas estão construindo esse futuro, mantendo a
consciência de pertencer a um reduto quilombola e fazer parte dessa história.
Roteiro: O Areal do Futuro
Este
é apenas um esboço do nosso roteiro, que pode mudar e ser alterado conforme
decidirmos posteriormente. Queremos usar nossos cinco minutos da melhor forma
possível e a história é viva, respira, fala por si.
Cena 1: Frase de impacto sobre resistência negra.
Quem sabe, um trecho apenas escrito da música “Kizomba, a Festa da Raça” de
Martinho da Vila:
Cena 2: Sobreposição de imagens/passado e presente
alternados/ breve resumo da história do Areal. Provavelmente fotos e imagens de
arquivo.
Cena 3: Depoimentos professores do Olintho,
intercalado com depoimentos alunos. Relação entre alunos quilombolas e
professores. Consciência negra. Identidade. Aprendizagem. Preconceitos.
Diversidade. Singularidade. Diferença. Igualdade.
Cena 4: Imagens do Areal do Futuro em ação. O que
significa o Areal do Futuro para os alunos negros? Depoimentos ou vídeo.
Cena 5: De volta para o Futuro ou De Volta para o
Começo da História, que é a criação de um foco de resistência e luta da cultura
negra.
Cena 6: Sobe música “Kizomba, a Festa da Raça”, intercalando
imagens.
Cena 7: Fim. Frase: “Valeu Zumbi.” Congela na
imagem mais impactante. Pode ser uma fusão ou brincadeira com o tempo.
Rápida Reflexão:
Pode
parecer um roteiro longo e complicado para ser realizado em cinco minutos, mas
nosso filme será montado em pequenos recortes que se costuram e se entrelaçam,
assim como faz a própria vida, unindo cenas de nossas histórias.
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