domingo, 22 de outubro de 2017

Areal do Futuro

A interdisciplina de Questões Étnico Raciais na Educação: Sociologia e História reuniu mais uma vez nosso grupo Mafalditas: Angela Nunes, Franciely Fava, Kátia Del Fabro e Mara Barcellos para exercitarmos nossa capacidade de trabalho coletivo e criativo. A atividade  proposta é a criação de um roteiro para vídeo.

“São tudo histórias menino. A história que está sendo contada, cada um a transforma em outra, na história que quiser. Escolha, entre todas elas, aquela que seu coração mais gostar, e persiga-a até o fim do mundo.” (Caio Fernando Abreu)

Escolha do assunto: 
Depois de um breve diálogo, optamos pela sugestão da Mara. Nossa escolha, foi determinada não apenas pelo tema, mas pelo material que dispomos para o roteiro: fotos e imagens na internet, história divulgada em site, representantes conhecidos e pelas facilidades de acesso: Escola e Quilombo próximos e em área central, onde todas podemos nos encontrar.

Resumo da História:
Antigamente, o Bairro Cidade Baixa era considerado “terra de ninguém”, de bandidos, de malfeitores e de escravos fugidos. Foi nessa terra de ninguém que nasceu o Quilombo do Areal da Baronesa. As margens do Guaíba vinham até o colégio do Pão dos Pobres, onde encontravam as areias da beira do rio. A Baronesa do Gravataí (hoje nome da rua onde fica uma das entradas do Areal), era senhora dessas terras e essa é a origem do nome. Nesse reduto temido pela sociedade da época, nasceu uma comunidade de resistência e cultura negra que se mantêm até hoje. O que manteve a união da comunidade não foi apenas o pedaço de terra, mas a preservação da identidade quilombola e a resistência dos que moram ali. As crianças dessa comunidade, estudam nas escolas que cercam o Areal da Baronesa e são elas o nosso foco central do roteiro. Elas são o futuro do Areal e queremos mostrar rapidamente, como elas estão construindo esse futuro, mantendo a consciência de pertencer a um reduto quilombola e fazer parte dessa história.

Roteiro: O Areal do Futuro
Este é apenas um esboço do nosso roteiro, que pode mudar e ser alterado conforme decidirmos posteriormente. Queremos usar nossos cinco minutos da melhor forma possível e a história é viva, respira, fala por si.
Cena 1: Frase de impacto sobre resistência negra. Quem sabe, um trecho apenas escrito da música “Kizomba, a Festa da Raça” de Martinho da Vila:
Cena 2: Sobreposição de imagens/passado e presente alternados/ breve resumo da história do Areal. Provavelmente fotos e imagens de arquivo.
Cena 3: Depoimentos professores do Olintho, intercalado com depoimentos alunos. Relação entre alunos quilombolas e professores. Consciência negra. Identidade. Aprendizagem. Preconceitos. Diversidade. Singularidade. Diferença. Igualdade.
Cena 4: Imagens do Areal do Futuro em ação. O que significa o Areal do Futuro para os alunos negros? Depoimentos ou vídeo.
Cena 5: De volta para o Futuro ou De Volta para o Começo da História, que é a criação de um foco de resistência e luta da cultura negra.
Cena 6: Sobe música “Kizomba, a Festa da Raça”, intercalando imagens.
Cena 7: Fim. Frase: “Valeu Zumbi.” Congela na imagem mais impactante. Pode ser uma fusão ou brincadeira com o tempo.

Rápida Reflexão:
Pode parecer um roteiro longo e complicado para ser realizado em cinco minutos, mas nosso filme será montado em pequenos recortes que se costuram e se entrelaçam, assim como faz a própria vida, unindo cenas de nossas histórias.

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