A Grande Onda de Kanagawa
“Desde
a idade dos seis anos, eu tinha a mania de desenhar objetos. Por volta dos 50
anos, havia publicado uma infinidade de desenhos. Aos 70, compreendi mais ou
menos, a verdadeira natureza: as plantas, as árvores, os pássaros, os peixes,
os insetos. Em consequência, aos 80 terei feito ainda mais progresso. Aos 90
terei penetrado no mistério das coisas; Aos 100 anos decididamente chegarei ao
estágio de maravilhamento e... quando eu tiver 110 anos, para mim, seja um
ponto ou linha, tudo será vivo.”
O texto acima é um poema prefácio do artista japones Katshuhiko Hokukai, escrito no século XVIII, para sua série de pinturas batizadas de "Trinta e Seis Visões sobre o Monte Fuji" (que na verdade eram 46). A Grande Onda de Kanagawa, mais conhecida como A Onda, pintura feita em xilogravura é principal obra do bloco. Ao
ler o poema “ Marcas da Vida”, de Katshuhiko HoKukai, fui tomada por um encantamento,
pela curiosidade e pelo espanto de aluna e professora curiosa que sou. Primeiro,
fui saber quem era o autor que tinha tido uma vida tão cheia de experiências
e aprendizagens e ainda assim planejava o futuro de forma tão simples,
diferente e otimista. O tempo para ele parecia não ter um fim como
o conhecemos. Como se o fim pudesse ser o começo. Ainda assim, o poema fala de passado, presente e futuro. Nos mostra a serenidade e a percepção que a sabedoria do tempo e a paciência de nossas reflexões e observações de nossas aprendizagens cotidianas podem nos trazer. O pintor Pablo Picasso tem uma frase maravilhosa sobre o tempo que levou para aprender a desenhar:
"Eu passei anos desenhando como Raphael,mas levei a vida inteira para aprender a desenhar como uma criança."
Esse caminho que a nossa história percorre, à primeira vista, de forma linear e em sentido horário, mas que pode ganhar contornos, retornos, sentidos não lineares e movimentos surpreendentes. O poema nos mostra que a história é uma construção do tempo e que as etapas do tempo se misturam e se completam, interagindo umas com as outras. Presente, passado e futuro não se separam verdadeiramente. Porque a vida é esse tempo como um todo. O poema fala de vida. História, mais que tempo é sinônimo de vida. Hokukai em seus diferentes olhares sobre o Monte Fugi abre possibilidades infindas para exercitarmos nosso olhar. Está aí um excelente exercício para fazermos em nossas escolas: Olhar o nosso cotidiano constantemente e registrar as mesmas cenas, cenários, atividades, brincadeiras, ambientes e situações de diferentes formas e várias vezes, em diferentes tempos.
Referência : https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Grande_Onda_de_Kanagawa -acesso em 26/09/2016
"Eu passei anos desenhando como Raphael,mas levei a vida inteira para aprender a desenhar como uma criança."
Esse caminho que a nossa história percorre, à primeira vista, de forma linear e em sentido horário, mas que pode ganhar contornos, retornos, sentidos não lineares e movimentos surpreendentes. O poema nos mostra que a história é uma construção do tempo e que as etapas do tempo se misturam e se completam, interagindo umas com as outras. Presente, passado e futuro não se separam verdadeiramente. Porque a vida é esse tempo como um todo. O poema fala de vida. História, mais que tempo é sinônimo de vida. Hokukai em seus diferentes olhares sobre o Monte Fugi abre possibilidades infindas para exercitarmos nosso olhar. Está aí um excelente exercício para fazermos em nossas escolas: Olhar o nosso cotidiano constantemente e registrar as mesmas cenas, cenários, atividades, brincadeiras, ambientes e situações de diferentes formas e várias vezes, em diferentes tempos.
Referência : https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Grande_Onda_de_Kanagawa -acesso em 26/09/2016
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