"Quando somos o que escrevemos, a(r)riscamos: somos escritores, protagonistas de nossa obra.” (Trece, 2003. p. 115)
São
muitas as possibilidades da escrita. Quando escrevemos podemos utilizar
estratégias: Argumentação, dissertação, descrição e narração, combinar essas
formas entre si, misturá-las, acrescentar outros estilos e formatos. Escrever abre portas para infinitas possibilidades. No entanto, há algo em comum em todos os textos: intencionalidade.
Quem escreve quer dizer algo, ser compreendido, acreditado.
Por
isso, é importante que tenhamos ao escrever, esse cuidado com a preocupação do sentido da nossa escrita, com o foco do nosso texto, com a unidade do que
estamos a dizer, com o propósito daquilo que estamos dizendo e nosso argumento
de convencimento do leitor, com o uso de citações de textos autorizados e a
forma correta de utilizar essas citações para que nos ajudem a dizer e não o
contrário e com o uso de argumentos de exemplos concretos que se apliquem à
realidade.
No
entanto, o que considero de suma importância, mais do que qualquer técnica que possamos aprender para construir
um texto argumentativo com evidências e bem construído é justamente aprender a desconstruir
ideias pré concebidas sobre escrever. Precisamos manter em mente que escrever é
uma obra aberta que permite modificar, acrescentar, corrigir, reformular. Segundo
o autor Onildo Sena:
“Diferentemente
do que muitos pensam, escrever é uma obra sempre aberta, passível de receber
ajustes, reformulações e aperfeiçoamentos nas mais diferentes circunstâncias.”
(p. 181, A engenharia do texto)
Escrever torna-se assim, um ato de liberdade.
Liberdade da palavra. Liberdade de expressão. Liberdade de estilo na escrita. Liberdade de autoria. Liberdade daquilo que queremos dizer e comunicar. Escrever exige prática e apenas um exercício: escrever,
escrever e escrever...
Referências:
Sena,
Odenildo. A engenharia do texto: um caminho rumo à prática da boa redação. 4. ed.
Manaus: Editora Valer, 2011.
Trece,
Liane. O a(r)riscado; reflexões sobre a angústia e a letra. In: Fernades, Maria
auxiliadora Mascarenhas (org). Quando uma criança precisa de análise. São
Paulo: Casa do psicólogo, 2003, p. 101- 118.
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