terça-feira, 20 de setembro de 2016

A Liberdade da Escrita


"Quando somos o que escrevemos, a(r)riscamos:  somos escritores, protagonistas de nossa obra.” (Trece, 2003. p. 115)

São muitas as possibilidades da escrita. Quando escrevemos podemos utilizar estratégias: Argumentação, dissertação, descrição e narração, combinar essas formas entre si, misturá-las, acrescentar outros estilos e formatos. Escrever abre portas para infinitas possibilidades. No entanto, há algo em comum em todos os textos: intencionalidade. Quem escreve quer dizer algo, ser compreendido, acreditado.
Por isso, é importante que tenhamos ao escrever, esse cuidado com a preocupação do sentido da nossa escrita, com o foco do nosso texto, com a unidade do que estamos a dizer, com o propósito daquilo que estamos dizendo e nosso argumento de convencimento do leitor, com o uso de citações de textos autorizados e a forma correta de utilizar essas citações para que nos ajudem a dizer e não o contrário e com o uso de argumentos de exemplos concretos que se apliquem à realidade.
No entanto, o que considero de suma importância, mais do que  qualquer técnica que possamos aprender para construir um texto argumentativo com evidências e bem construído é justamente aprender a desconstruir ideias pré concebidas sobre escrever. Precisamos manter em mente que escrever é uma obra aberta que permite modificar, acrescentar, corrigir, reformular. Segundo o autor Onildo Sena:

“Diferentemente do que muitos pensam, escrever é uma obra sempre aberta, passível de receber ajustes, reformulações e aperfeiçoamentos nas mais diferentes circunstâncias.” (p. 181, A engenharia do texto)

Escrever torna-se assim, um ato de liberdade. Liberdade da palavra. Liberdade de expressão. Liberdade de estilo na escrita. Liberdade de autoria. Liberdade daquilo que queremos dizer e comunicar. Escrever exige prática e apenas um exercício: escrever, escrever e escrever...

Referências:

Sena, Odenildo. A engenharia do texto: um caminho rumo à prática da boa redação. 4. ed. Manaus: Editora Valer, 2011.
Trece, Liane. O a(r)riscado; reflexões sobre a angústia e a letra. In: Fernades, Maria auxiliadora Mascarenhas (org). Quando uma criança precisa de análise. São Paulo: Casa do psicólogo, 2003, p. 101- 118.

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