Em 7 de outubro de 2018, publiquei sobre Corporeidade. A postagem “O que é Corporeidade”, fala sobre sobre a importância do conhecimento de si mesmo
para a aprendizagem e está alicerçada no texto de Maturana e Varela: "Ao
Pé da Árvore", onde os autores dizem ser a vida, processo de conhecimento: Somos
cognitivos e a vida é cognição, mas vivemos no mundo compartilhando esse mundo
com outros seres e aprender não é acumular conhecimentos. A construção do
conhecimento requer autonomia, significado, respeito às diferenças, sentido,
afetividade e corporeidade.
Estranhamente
a escola como digo no texto, tende a aprisionar o corpo em benefício da
aprendizagem, fazendo o contrário. Nessa contradição evidente, o professor pode
desenvolver uma intencionalidade educativa em relação ao movimento, observando
os alunos, percebendo suas necessidades, integrando na rotina diferentes
possibilidades de ação. É fundamental também, respeitar as diferenças e não
estabelecer rótulos. Essa mudança começa por nós e pela forma como
encaramos os movimentos dos nossos alunos como expressão de afetividade, de
socialização e de emoção.
Na proposta Livres na Teia, criei teias circulando o espaço do brincar cotidiano das crianças que criaram novos ambientes, ricos em possibilidades e descobertas. Ao circular pelo espaço proposto, as crianças se sentiram aranhas, desafiando limites, transpondo obstáculos, criando novos espaços e formas de brincar ao adentrar e desbravar este mundo de teias. Foi um momento de singularidades e de pluralidades. De vencer os próprios limites e de aprender com o outro. Protagonistas do seu brincar elas estabeleceram seus próprios limites e tempos. Desafiando as leis da gravidade os corpos se apropriam da leveza. Com a delicadeza das aranhas elas teceram linhas de fios que pareciam bordar o movimento do corpo. A solidão da linha. A conjunção as linhas. O corpo livre em movimento. A consciência de que corpo e mente não se dividem, são, antes de tudo, extensão um do outro, se complementam, são soma.
Na proposta Livres na Teia, criei teias circulando o espaço do brincar cotidiano das crianças que criaram novos ambientes, ricos em possibilidades e descobertas. Ao circular pelo espaço proposto, as crianças se sentiram aranhas, desafiando limites, transpondo obstáculos, criando novos espaços e formas de brincar ao adentrar e desbravar este mundo de teias. Foi um momento de singularidades e de pluralidades. De vencer os próprios limites e de aprender com o outro. Protagonistas do seu brincar elas estabeleceram seus próprios limites e tempos. Desafiando as leis da gravidade os corpos se apropriam da leveza. Com a delicadeza das aranhas elas teceram linhas de fios que pareciam bordar o movimento do corpo. A solidão da linha. A conjunção as linhas. O corpo livre em movimento. A consciência de que corpo e mente não se dividem, são, antes de tudo, extensão um do outro, se complementam, são soma.
Esse entendimento de que somos
soma e não pedaços que podem ser separados faz com que possamos retomar nosso
papel na construção do conhecimento, nossa e de nossos alunos. Se somos tudo
aquilo que nos constitui também somos aquilo do que constitui nossa vida e
experiência escolar. É aí que estão as regras que cada um de nós estabelece
para construir aprendizado. A consciência de si, do outro, do mundo e das
coisas do mundo acontece pela exploração das experiências e do estímulo à
curiosidade, aonde errar não é errado e o planejamento faz parte do ato
reflexivo. É a através da relação corpo, mundo e existência que os seres
humanos se constituem. Perceber o corpo faz perceber a própria existência e o
mundo. É importante também que pensemos em afetividade não apenas como
conceito de carinho, mas sobre tudo que nos afeta:“Afeto diz respeito àquilo que
afeta, ao que mobiliza, por isso, reporta à sensibilidade, às sensações.
Podemos, ainda, referir afeto como ser tomado por atravessado, perpassado, quer
dizer: afetado. Esse atravessar, perpassar é o que propriamente dá o caráter de
afecção.” (Gomes & Mello, 2010, p.684).
REFERÊNCIAS:
GOMES, C. A. V.& MELLO, S.
A. (2010). Educação escolar e constituição do afetivo: algumas considerações a
partir da Psicologia Histórico Cultural. Perspectiva,
28(2), 677-694.
RESTREPO, L. C. O Direito à
Ternura. Petrópolis: vozes, 1998.
Nenhum comentário:
Postar um comentário