terça-feira, 30 de abril de 2019

O Universo conspira a favor


                                
                                                Professora Suzana Rangel

Passei boa parte do Curso de Pedagogia do PEAD perguntando aos professores e à coordenação do curso, quando teríamos a interdisciplina de Artes. Cheguei mesmo a pensar que esta, seria uma interdisciplina inconsistente ou de pouco atrativo, porque deixada para o final poderia ser apenas completada rapidamente, sem muita profundidade de conteúdo ou mesmo sem atrativos de aprendizagem, especialmente para nós que cursamos Pedagogia à distância.
Qual minha surpresa ao receber a informação de que teríamos aula com a professora Suzana Rangel, com quem quero estudar Artes há tempos e ainda não tinha tido a oportunidade. Penso mesmo ser um luxo e um privilégio podemos contar com alguém que realmente pode conectar a Arte e a Educação da forma como ela o faz e tenho acompanhado.
Em nossa primeira aula, a conexão com o conteúdo foi imediata porque o conteúdo visto em aula está ligado ao planejamento que fiz para o Eixo VIII e ao projeto de Estágio que pretendo fazer. Fora isso, foi extremamente interessante começar o estudo de Artes visuais e Educação, com o exercício de desenhar uma árvore, o que revelou o quanto a maior parte de nós está presa a modelos estereotipados de desenho. Confesso que achei minha árvore original, o que me deixou orgulhosa por arriscar algo diferente, não estereotipado. Ainda nesta primeira aula, fizemos reflexões importantes sobre a definição de Arte, os paradigmas que envolvem a Arte e a Arte na educação e sobretudo, exercitamos nosso olhar sobre a Arte. 
  
                                                 Minha árvore não estereotipada   

                                              
                                                                    O que é Arte

                                       
                                                             O exercício do olhar


Essa introdução à interdisciplina de Artes Visuais e Educação tem uma “ligação direta” com a postagem que fiz em abril de 2016 “Ver e Olhar”, falando sobre a diferença entre ver e olhar, entre observar e permanecer cego, entre propor e exigir, entre avaliar e julgar, entre ditar e possibilitar, entre limitar e expandir, entre arte e cópia, entre ensinar e compartilhar.

“Paul Valéry disse que uma obra de arte deveria nos ensinar que não vimos aquilo que vemos. Que ver é não ver. Dirá Lacan: ver é perder. Perder algo do objeto, algo do que contemplamos, por que jamais podemos contemplar o todo. O que se mostra só se mostra por que não o vemos. Neste processo está implicado o que podemos chamar o silêncio da visão: abrimo-nos à experiência do olhar no momento em que o objeto nos impede de ver. Uma obra de arte não nos deixa ver. Ela nos faz pensar. Então, olhamos para ela e vemos”. (Márcia Tibury)
                                                                                                                                     

Nenhum comentário:

Postar um comentário