Professora Suzana Rangel
Passei boa parte do Curso de Pedagogia do PEAD perguntando aos professores e à coordenação do curso, quando teríamos a interdisciplina de Artes. Cheguei mesmo a pensar que esta, seria uma interdisciplina inconsistente ou de pouco atrativo, porque deixada para o final poderia ser apenas completada rapidamente, sem muita profundidade de conteúdo ou mesmo sem atrativos de aprendizagem, especialmente para nós que cursamos Pedagogia à distância.
Qual
minha surpresa ao receber a informação de que teríamos aula com a professora
Suzana Rangel, com quem quero estudar Artes há tempos e ainda não tinha tido a
oportunidade. Penso mesmo ser um luxo e um privilégio podemos contar com alguém
que realmente pode conectar a Arte e a Educação da forma como ela o faz e tenho
acompanhado.
Em
nossa primeira aula, a conexão com o conteúdo foi imediata porque o conteúdo visto
em aula está ligado ao planejamento que fiz para o Eixo VIII e ao projeto de
Estágio que pretendo fazer. Fora isso, foi extremamente interessante começar o
estudo de Artes visuais e Educação, com o exercício de desenhar uma árvore, o
que revelou o quanto a maior parte de nós está presa a modelos estereotipados
de desenho. Confesso que achei minha árvore original, o que me deixou orgulhosa
por arriscar algo diferente, não estereotipado. Ainda nesta primeira aula, fizemos reflexões
importantes sobre a definição de Arte, os paradigmas que envolvem a Arte e a
Arte na educação e sobretudo, exercitamos nosso olhar sobre a Arte.
Minha árvore não estereotipada 
O que é Arte

O exercício do olhar
Essa
introdução à interdisciplina de Artes Visuais e Educação tem uma “ligação direta” com a
postagem que fiz em abril de 2016 “Ver e Olhar”, falando sobre a diferença
entre ver e olhar, entre observar e permanecer cego, entre propor e exigir,
entre avaliar e julgar, entre ditar e possibilitar, entre limitar e expandir, entre arte e cópia, entre ensinar e compartilhar.
“Paul Valéry disse que uma obra de arte deveria nos ensinar que
não vimos aquilo que vemos. Que ver é não ver. Dirá Lacan: ver é perder. Perder
algo do objeto, algo do que contemplamos, por que jamais podemos contemplar o
todo. O que se mostra só se mostra por que não o vemos. Neste processo está
implicado o que podemos chamar o silêncio da visão: abrimo-nos à experiência do
olhar no momento em que o objeto nos impede de ver. Uma obra de arte não nos
deixa ver. Ela nos faz pensar. Então, olhamos para ela e vemos”. (Márcia Tibury)
Nenhum comentário:
Postar um comentário