sexta-feira, 31 de maio de 2019

Tecidos Flutuantes

A proposta aqui foi a de criar um jogo que envolve-se arte, luz, sombra, dança, música e movimento. Dançar é uma maneira divertida para descobrir o potencial de expressão do corpo humano. Quando a criança dança, aprende sobre o desenvolvimento físico e as potencialidades do corpo em movimento. É uma forma diferente de linguagem e de expressão que também amplia as relações entre as crianças. Dançando a criança toma consciência corporal e entende que o corpo dela se relaciona com o movimento. Com a música a criança também aprende a sentir e expressar, se torna mais autoconfiante e ganha mais autonomia na sua relação com o outro e com o mundo. A música também toca áreas do cérebro que vão beneficiar o desenvolvimento de outras linguagens. Sentir e expressar musicalidade é fundamental. Brincar de luz e sombra, de claro e escuro, traz informações, possibilita a formulação de hipóteses e promove descobertas.
Ao entrarem na sala as crianças divididas em pequenos grupos foram surpreendidas pelo que viam na tela da parede: um tecido flutuante. Convidadas a escolher uma cor de voal  para dançar elas revelaram uma coreografia de descobertas que emocionam e surpreendem o observador. Descobrir que dançar é também uma forma de flutuar. Que o nosso pano também dança. Que nosso corpo pode dançar. Que é possível imitar o movimento do pano. Que podemos criar outros movimentos. Que a luz ilumina o espaço, o outro e à mim. Que o escuro precisa de luz. Que a sombra também revela. Que as cores se misturam e se confundem. Que a noite pode ser estrelada e ainda mais estrelada. Que o movimento pode ser lento e rápido. Que posso dançar com mais panos. Que posso desenhar com as sombras. Que posso desenhar no ar com a luz das lanternas. Que tenho uma sombra. Que posso ser pequeno e gigante. Que o silencio permite o som. Que a música é um convite para dançar. Que não há limites quando buscamos possibilidades. 
Com poucos recursos (um computador, um projetor, um pendrive, pedaços de tecido e lanternas foi possível realizar uma atividade prazerosa, rica e repleta de emoção). A postagem Educar para a Complexidade publicada neste blog em 2017, fala sobre o desafio do uso integrado das novas mídias na construção de uma nova escola. Quando falamos de tecnologias da educação estamos falando de uma mistura homogênea de tal forma que as ferramentas digitais, quaisquer que sejam: notebook, celular, tablete, louça digital, pendrive, projetor,caixas de som, vídeos, favoreçam a educação. Podemos, como nesta atividade combinar recursos. Segundo Zabala (1998): "ensinar para a complexidade é selecionar conteúdos, valendo-se de diferentes conhecimentos a partir do enfoque globalizador"




                                 

                                   

   



Referências:
ZABALA, Antônio. A Prática Educativa: Como ensinar. Editora ArtMed, 1998. 
FAGUNDES, L., MAÇADA, D., SATO, L.; Aprendizes do Futuro, As Inovações Começaram, MEC, 1999.
HERNÁNDEZ, Fernando - Transgressão e Mudança na Educação - os projetos de trabalho; Porto Alegre: ArtMed, 1998.
Projetos de Aprendizagem – Uma experiência baseada em ambientes telemáticos.Autores: Léa da Cruz Fagundes, Rosane Aragón de Nevado,Marcus Vinicius Basso, Juliano Bitencourt, Crediné Silva de Menezes e Valéria Cristina P. C. Monteiro

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