quinta-feira, 22 de outubro de 2015

A Educação na Pós-Modernidade

Diante da chamada pós-modernidade, são muitos os desafios da educação. Se a sociedade pós-moderna vive o presente absoluto onde  tudo é passageiro, nossas relações humanas e afetivas, nosso trabalho, nossa individualidade, nosso querer, nossa realidade e nossos sonhos, não podemos simplesmente esperar que a infância seja diferente. A criança faz parte da sociedade, faz parte desse contexto político, social e histórico que estamos vivendo. Se vivemos numa sociedade formatada pelo consumo midiático, imediato e efêmero, onde não há tempo sequer para  o tempo, onde não há tempo  para ser pai e mãe, não há tempo para o brincar, nem tempo suficiente para ensinar e aprender, como educar essa nova infância que existe, está diante de nós todos os dias e não pode ,nem deve ser ignorada. Educar a infância na pós-modernidade requer novos  desafios para os educadores. Se a mídia pode facilmente seduzir o adulto com uma felicidade, beleza, saúde  e status ,convencendo-o  do  que ele pode e deve ser imagine a força descomunal da mídia no universo infantil.
Mas a mídia não está sozinha nessa. Estamos nessa  juntos: Família escola, governo,sociedade e também os meios de comunicação. E enquanto culpamos uns aos outros por essa infância pós- moderna, deixamos de pensar no que podemos fazer para educar essa criança da pós-modernidade. Quando se fala em educar a criança, um dos maiores erros que podemos cometer está na falta de planejamento e para haver planejamento é preciso observar a criança. O que a criança faz,  o que ela pensa, do que gosta, o que gostaria de aprender, qual é o universo dessa criança. Não pode haver educação sem observação. Ensinar requer humildade. Não apenas para aceitar a realidade como ela é, mas para poder entender essa realidade, trabalhar com ela e através dela. Educar a infância na pós-modernidade exige que rompamos os muros da escola e nossos muros internos.  A criança que está na escola, não está ali sozinha. Junto com ela está a família, a comunidade em que vive, suas crenças, sua moradia, seu lazer, o que come, o seu brincar, suas angústias e alegrias.
 Ao invés de pensar no poder da mídia, a educação precisa pensar no poder que tem sobre à infância. As crianças passam grande parte desse seu “tempo sem tempo” na escola. Então, porque não repensar  o tempo e  o proposto nas atividades escolares? A educação hoje não pode ser dominante, precisa aprender para poder ensinar. Precisa parar de buscar o êxito o escolar e repensar a forma de ensinar. Se queremos uma criança aberta à todas as possibilidades de aprendizagem, uma criança que  não apenas repita e se adapteao mundo adulto, uma criança capaz de pensar, criar e recriar o mundo, uma criança que possa exercer seu brincar livre de rótulos e fórmulas, uma criança que possa“ser” criança, precisamos continuamente, nos questionar sobre o que estamos fazendo e o que podemos fazer para isso. O maior desafio da educação não é o de mudar o mundo, mas de mudar seu próprio mundo.

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